sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Esta é do Banksy...

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Aquele instante
Muito mais que fulgurante
Perdeu-se no mais íntimo
Fechar de uma janela.


Sublime tentação
De outros beijos não dados,
Esquecidos pois vulgarizados
Na busca tecada pelo prazer.


No entrar e esquecer da porta aberta
Tudo se ouviu, a emoção sumiu
Numa silenciosa caravela de proa torta,


Seguindo um rumo tenso
Na vastidão salivar
Do teu profundo umbigo.



Não há mais sinceridade

Nas resoluções tomadas ao acaso;
Há uma preparação para um enfrentamento
Como se uma guerra iminente
Sobrevoasse o campo das idéias
Já quimicamente alteradas
Pelo pulverizante assassino
Matador de revoltas.

Não há mais vontade
De se encontrar caminhos sem atrasos;
Há, sim, trocadores de placas
Espalhados em pontos vitais
Para que os passos sejam influenciados
Por seus chefes,
Os mestres da antiga arte
Da submissão.

Não há mais cidades
Onde possamos correr cem metros rasos,
Sem que o azar nos faça cruzar
Com ladrões dispostos a arrancar
A liberdade, exclusiva de cada um,
De poder escolher a melhor forma
De matar um tempo
Que desde sempre só faz escravizar.