quinta-feira, 5 de abril de 2007


reprodutores das balas perdidas,

mudos estúpidos...


vejo as estátuas mórbidas

e penso que quase
segui suas sombras;
ouço suas vozes secas
a repetirem sempre
as mesmas ladainhas;
sinto o aroma financeiro
que exala pútrefo
de sua arte direcionada;
tateio as ruas
observando os escombros
da poesia instintiva;
desisto do tempo
e mudo o meu rumo
e o rumo da prosa:

vou mendigarte.